O período de vida da mulher compreendido entre a menarca e a menopausa caracteriza sua fase reprodutiva. Encontram-se incluídas , segundo a Organização Mundial de Saúde, mulheres na faixa etária entre 10 a 49 anos, sendo importante destacar que esse segmento corresponde, na atualidade, a 65% da população feminina brasileira. É nessa fase que as mulheres geralmente iniciam a vida sexual, necessitando de um controle efetivo de sua fecundidade com a utilização de métodos anticoncepcionais eficazes e modernos.
A assistência em anticoncepção pressupõe a oferta de todas as alternativas possíveis de métodos anticoncepcionais, bem como o conhecimento de suas indicações, contraindicações e implicações de uso, garantindo à mulher, ao homem ou ao casal os elementos necessários para a opção do método que a eles melhor se adaptem.
Com o decorrer do tempo, a história revela que o desenvolvimento dos métodos anticoncepcionais foi inicialmente lento, mas no último século, em resposta ao crescente interesse da população e com a expansão dos recursos técnicos-cientifícos, constata-se rápido progresso.
EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
A preocupação com o controle da reprodução é antiga, quase coincidindo com o aparecimento da cultura humana. Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre procurou exercer o controle sobre a natalidade, incrementando-a ou evitando-a por meios voluntários e conscientes.
Na antiguidade, as praticas anticoncepcionais eram pouco difundidas, se baseavam em superstições e, como a gravidez, relacionava-se ao ciclo menstrual; a mulher era considerada a única responsável por esse acontecimento. Na ocorrência de gravidez indesejada, os povos primitivos tentavam interrompê-la com o uso de ervas abortivas, amuletos, orações, poções mágicas e tabus sexuais, que, às vezes, ajudavam a proporcionar maior intervalo entre as gestações.
Após este período, outros métodos anticoncepcionais surgiram e encontram-se disponiveís no mercado brasileiro, tais como o adesivo transdérmico, o anel vaginal, o implante contraceptivo com uma única cápsula de silicone e o sistema intrauterino de levonogestrel (DIU hormonal).
Apesar dos diversos contraceptivos existentes, observa-se o uso predominante de dois métodos: a laqueadura tubária e a pirula, 40% e 21% respectivamente, por mulheres brasileiras no controle de sua fertilidade. Talves esse fato ocorra pelo acesso limitado das mulheres à informação sobre as múltiplas opções de contraceptivos para regular sua fecundidade.
Fonte: Enfermagem Obstétrica e Ginecológica Guia para a Prática Assistencial, segunda edição, Sonia Maria Oliveira de Barros, Editora Roca, 2009.
Espero que gostem dessa nova postagem na próxima postagem irei falar um pouco sobre os vários métodos anticoncepcionais que existem mais que não são tão utilizados pelas mulheres, e como cada um se apresenta.
Fernando de Farias
Academico de Enfermagem
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