segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DST / AIDS


Conceito
Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por celulas cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte.

A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.

Sinônimos
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença.

Agente
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.

Complicações/Consequências
Doenças oportunísticas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi. Distúrbios neurológicos.

Transmissão
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.
Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus, mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.
Os beijos de boca aberta são considerados de baixo risco quanto a uma possível transmissão do HIV.

Período de Incubação
De 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.

Diagnóstico
Por exames realizados no sangue do(a) paciente.

Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunísticas são, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez exames e você saiba que não está infectado(a).

O que são DST

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As mais conhecidas são gonorreia e sífilis.
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal)  é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da aids, também na amamentação.
O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças. O atendimento e ao tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.



Fernando de Farias
Academico de Enfermagem

domingo, 17 de julho de 2011

Saúde do Idoso

O envelhecimento como um processo irreversível a que todos estamos sujeitos deve ser melhor compreendido principalmente numa época, em que nosso país arca com um crescente número da população de idosos, e que junto a isto possui uma sociedade despreparada praticamente em todas as suas esferas para lidar com esta realidade (RAMOS, 1995).

O Brasil vem passando atualmente por uma grande mudança no seu perfil demográfico com um incremento intensivo do número tanto absoluto como relativo de idosos. Este quadro se deve a uma crescente queda de fecundidade, ocorrida concomitantemente com o aumento da expectativa de vida. (VERAS, 1994 ).

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) evidenciam que, segundo RAMOS (1995), em 2025 o Brasil terá a sexta população de idosos do globo. Esta realidade acarretará um grande problema social, uma vez que esta população vive, em sua maioria, em situação financeira precária, o que levará a uma cadeia de problemas com repercussões sobre a qualidade da assistência a saúde agravando as deficiências atuais nesta área.

É necessário que a sociedade considere e aceite o idoso como pessoa, porém sem desconhecer suas necessidades distintas, que devem ser atendidas. Pois o que geralmente se observa é a visão do idoso apenas como alguém improdutivo e doente a espera da morte. Este conceito deve mudar pois, conforme previsões, teremos em 2025 uma população de 15% de idosos, o que corresponderá a aproximadamente 33.882 pessoas com mais de 60 anos (VERAS, 1994) .

A população idosa forma uma faixa etária mais sujeita a problemas de saúde, com isso pode-se esperar um aumento intenso de enfermidades crônicas todas elas com baixa letalidade e alto grau de incapacitação produzindo, assim, onerosos gastos numa área já tão carente de recursos (VERAS, 1994).

Diante destes fatos fica claro a necessidade de uma maior atenção a esta população em franca expansão, e desassistida. É de elevada urgência que se iniciem programas que voltem sua atenção a estes idosos, que tem diversas vezes suas necessidades e problemas pouco conhecidos tanto pelo público em geral quanto pelos profissionais de saúde.

Na formação do pessoal de enfermagem deve-se investir amplamente no preparo para a assistência aos idosos, já que são geralmente portadores de diversos distúrbios psico-sócio-econômicos, constituindo-se clientes mais complexos, que exigem do enfermeiro mais tempo para a prestação dos cuidados. Os idosos costumam ser portadores de múltiplas enfermidades, tendo uma média de aproximadamente 3,7 diagnósticos por idoso ( MONTEIRO, 1989).

A Enfermagem Gerontológica, conforme Guntyer e Estes ( apud PEREZ, 1993 ) abrange os conhecimentos específicos de enfermagem acrescidos daqueles relacionados ao processo do envelhecimento, sendo o campo da Enfermagem que se especializa na assistência ao idoso. A equipe de enfermagem deve zelar para que o idoso consiga aumentar os hábitos saudáveis, diminuir e compensar as limitações inerentes da idade, confortar-se com a angústia e debilidade da velhice, incluindo o processo de morte.

Deve ainda a enfermeira atuar estimulando o autocuidado, atuando na prevenção e não-complicação das doenças inevitáveis, individualizando o cuidado a partir do princípio de que cada idoso vai apresentar um grau diferente de dependência, diferindo assim a maneira de assistência. Considerando os fatos relatados, mostra-se necessária e urgente a divulgação e discussão das diferenças que o aumento da população idosa acarretará na sociedade como um todo, principalmente na área da saúde, salientando-se o novo papel dos idosos em nossa sociedade, para que tanto os profissinais quanto a população em geral possam atender de maneira satisfatória novas demandas.

É nossa proposta desenvolver dentro do Departamento de Enfermagem do Hospital Virtual Brasileiro a sub-especialidade de Enfermagem em Saúde do Idoso que conterá informações destinadas a profissionais de enfermagem, especialistas ou não, e pessoas leigas usuárias da Internet.

Fernando de Farias

segunda-feira, 30 de maio de 2011

História da Puericultura

A Puericultura foi o reconhecimento de que a criança precisava ser cuidada dentro de padrões científicos para que se tornasse um adulto saudável. Isso aconteceu no fim do século 19 e início do século 20.

Antes não havia Puericultura, nem mesmo o interesse dos médicos pelas crianças. As crianças na idade média eram tratadas como adultos em miniatura, aprendiam as coisas vendo e convivendo com os adultos, sem que esses se preocupassem com seu comportamento na frente dos pequenos. A doença e a morte, que já eram comuns e inevitáveis para os adultos, para as crianças então eram corriqueiras.
 
Com a industrialização, as crianças foram reconhecidas como futuros operários, futuros consumidores e futuros soldados para conquista de novos territórios. Passaram então a ser importantes para os governantes e, a partir daí, a medicina se ocupou deles, levando a ciência a procurar as melhores formas de conservar a sua saúde.

Da mesma forma que os interesses econômicos do capitalismo foram cruciais para o nascimento da puericultura, pais e pediatras devem estar atentos  à continuidade da influência de forças poderosas como a indústria farmacêutica e de alimentos, sobre a puericultura contemporânea. Novas medicações, fórmulas lácteas, vacinas, etc devem sempre ser recebidas com cautela, aguardando novas evidências que ratifiquem sua real necessidade e segurança.
 
 
 
Por:
Fernando de Farias 
Academico de Enfermagem

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Planejamento Familiar

                  O planejamento familiar é uma importante atividade de saúde, tendo como objetivo primordial proporcionar aos casais informações e meios necessários para que possam decidir de forma livre e consciente sobre o número de filhos e a oportunidade em que irão tê-los.
                  O período de vida da mulher compreendido entre a menarca e a menopausa caracteriza sua fase reprodutiva. Encontram-se incluídas , segundo a Organização Mundial de Saúde, mulheres na faixa etária entre 10 a 49 anos, sendo importante destacar que esse segmento corresponde, na atualidade, a 65% da população feminina brasileira. É nessa fase que as mulheres geralmente iniciam a vida sexual, necessitando de um controle efetivo de sua fecundidade com a utilização de métodos anticoncepcionais eficazes e modernos.
                A assistência em anticoncepção pressupõe a oferta de todas as alternativas possíveis de métodos anticoncepcionais, bem como o conhecimento de suas indicações, contraindicações  e implicações de uso, garantindo à mulher, ao homem ou ao casal os elementos necessários para a opção do método que a eles melhor se adaptem.
                Com o decorrer do tempo, a história revela que o desenvolvimento dos métodos anticoncepcionais foi inicialmente  lento, mas no último século, em resposta ao crescente interesse da população e com a expansão dos recursos técnicos-cientifícos, constata-se rápido progresso.

EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS

 
A preocupação com o controle da reprodução é antiga, quase coincidindo com o aparecimento da cultura humana. Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre procurou exercer o controle sobre a natalidade, incrementando-a ou evitando-a por meios voluntários e conscientes. 
Na antiguidade, as praticas anticoncepcionais eram pouco difundidas, se baseavam em superstições e, como a gravidez, relacionava-se ao ciclo menstrual; a mulher era considerada a única responsável por esse acontecimento. Na ocorrência de gravidez indesejada, os povos primitivos tentavam interrompê-la com o uso de ervas abortivas, amuletos, orações, poções mágicas e tabus sexuais, que, às vezes, ajudavam a proporcionar maior intervalo entre as gestações.


                A participação do homem no processo de anticoncepção foi descrita pela primeira vez em 1954, com o uso de preservativo confeccionados com linho; em seguida, surgiram aqueles confeccionados à base de intestinos de animais, contudo, eram utilizados apenas pela nobreza da época e, na maioria das vezes, para a prevenção das doenças sexualmente transmissiveis.
Após este período, outros métodos anticoncepcionais surgiram e encontram-se disponiveís no mercado brasileiro, tais como o adesivo transdérmico, o anel vaginal, o implante contraceptivo com uma única cápsula de silicone e o sistema intrauterino de levonogestrel (DIU hormonal).
Apesar dos diversos contraceptivos existentes, observa-se o uso predominante de dois métodos: a laqueadura tubária e a pirula, 40% e 21% respectivamente, por mulheres brasileiras no controle de sua fertilidade. Talves esse fato ocorra pelo acesso limitado das mulheres à informação sobre as múltiplas opções de contraceptivos para regular sua fecundidade.




Fonte: Enfermagem Obstétrica e Ginecológica Guia para a Prática Assistencial, segunda edição, Sonia Maria Oliveira de Barros, Editora Roca, 2009.


Espero que gostem dessa nova postagem na próxima postagem irei falar um pouco sobre os vários métodos anticoncepcionais que existem mais que não são tão utilizados pelas mulheres, e como cada um se apresenta.


Fernando de Farias
Academico de Enfermagem

domingo, 22 de maio de 2011

Amor a profissão!!!

               A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!





Florence Nightingale

Diabete sob controle!


DIABETES MELLITUS

O Diabete é uma doença silenciosa. Chega quase sem avisar e provoca grandes transformações no estilo de vida do paciente e de toda a família. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano 2000, existiam no Brasil cerca de 4,6 milhões de diabéticos e até 2030, este número chegará a 11,3 milhões. Outro dado importante é que entre os diabéticos, pelo menos a metade não sabe que tem a doença e só toma conhecimento quando surge alguma complicação, necessidade de cirurgias, infecções, estress ou traumas emocionais.

UM HORMÔNIO CHAMADO INSULINA

O Diabete é caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue. Esse acúmulo é provocado pela deficiência na produção ou na ação do hormônio insulina. "O diabete é causado ou pela ineficiência (qualidade) ou pela falta (quantidade) da fabricação do hormônio, que pode ser total ou parcial", explica Barcellos.
O hormônio insulina é produzido no pâncreas, órgão que está localizado na região abdominal posterior, próximo aos intestinos. Além de contribuir para o sistema disgestivo, o pâncreas também atua na produção endócrina (de hormônios). A função da insulina é retirar o açúcar (glicose) do sangue e enviá-lo para as células. Quando não há produção de insulina ou a insulina não é eficiente, a glicose se acumula no sangue, provocando a hiperglicemia. "Quando existe excesso de glicose no sangue ocorrem várias alterações, entre elas, aumento da viscosidade do sangue, deposição da glicose em algumas proteínas, maior saída de glicose pelos rins, o que leva pouco a pouco às complicações crônicas do diabete".

SINTOMAS

  • Urinar muitas vezes, inclusive à noite e em grande quantidade;
  • Beber muita água e sentir a boca seca;
  • Sentir fome além do normal;
  • Perder peso sem explicação;
  • Tiver cansaço, fadiga ou sonolência fora do comum;
  • Sentir a visão turva;
  • Perceber o aparecimento frequente de furúnculos;
  • Sentir impotência sexual;
  • Tiver cicatrização difícil e infecções de pele.
                         É muito comum o paciente não saber que é diabético e descobrir a doença quando precisar fazer uma série de exames para uma cirurgia ou outro tratamento. O principal exame utilizado para medir a concentração de açúcar no sangue é o de glicemia em jejum de 8 horas. De acordo com a OMS e a Associação Americana de Diabete (ADA, 2003) valores acima de 126 mg/dl indicam que a pessoa é diabetica.

Fonte: Diabete sob controle: Estrategias e orientações práticas para uma vida saudável: Cínthia Ceribelli .

DICAS: 

                Tendo a abordagem do tema diabete, como seu significado e seus sintomas, basta procurar averiguar se você possui algum destes e se possuir procurar fazer o teste laboratorial, que é o de glicemia de jejum de 8 horas, que é realizado através de um exame de sangue, verificando o nivel de glicose no sangue.
Espero que tenham gostado dessa primeira postagem e dentre em breve teremos novos assuntos aqui!!!!

Fernando de Farias
Academico de Enfermagem